Aprofundar o conhecimento sobre a flora da Caatinga e conhecer as principais ações para impedir e mitigar os impactos ambientais causados nas áreas de influência do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Esse foi o objetivo da visita realizada pelos alunos do Colegiado de Geografia da Universidade de Pernambuco (UPE), Campus Mata Norte, ao Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). No total, 41 alunos e três professores realizaram a visita, que ocorreu na última sexta-feira (5).
Durante toda a manhã, os estudantes participaram de uma palestra sobre licenciamento ambiental e os principais resultados das ações realizadas pelo NEMA, ministrada pelo pesquisador Vinicius Cotarelli. Em seguida, conheceram os procedimentos realizados na sede e toda a estrutura física do prédio, como a coleção botânica, o laboratório de ecologia, sala de preparação, laboratório de multiúso e a sala de geoprocessamento.
Para o vice-coordenador do NEMA e professor da UNIVASF, Daniel Salgado Pifano, as visitas técnicas são importantes para publicizar as diversas ações ambientais executadas pelo Núcleo. "A maior parte da população brasileira ainda acredita que a transposição do Rio São Francisco foi um mar de dinheiro público desperdiçado, onde nada de concreto foi feito, tanto da parte estrutural da obra, quanto na contrapartida ambiental. Essas visitas ajudam a desmistificar isso, além de aproximar as populações das localidades influenciadas pela obra com a conservação da Caatinga e de seu vasto território", afirmou.
De acordo com a professora de Biogeografia da UPE, Solange Coutinho, a visita superou as expectativas. "O que mais me chamou atenção é o fato de ser uma universidade federal a executar os programas de licenciamento ambiental das obras do PISF, resultando nessa enorme quantidade de conhecimento que está sendo gerado e disponibilizado pelo NEMA", ressaltou.
"Aprendemos vários aspectos da Caatinga de uma maneira muito aprofundada, com informações importantes sobre a vegetação e o solo, e entender os biomas e ecótonos é fundamental para nossa formação, já que seremos professores de Geografia", disse o estudante Pablo Ferraz.