Conhecer a metodologia utilizada para recuperação das áreas degradadas no Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), desenvolvida e executada pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Esse foi objetivo da visita técnica à cidade de Ibimirim (PE), realizada pelos representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (SEMAS/PE), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) de Pernambuco e da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA). A visita ocorreu na última quinta-feira (3) nas áreas de execução do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
A comitiva foi recepcionada na tarde da última quarta-feira (2) pelo coordenador do NEMA e professor da UNIVASF, Renato Garcia Rodrigues; e pelo gerente do NEMA, Fábio Socolowski. No total, 11 pessoas realizaram a visita, entre elas a gerente de biodiversidade e florestas da SEMAS/PE, Patrícia Tavares; a diretora de recursos florestais e biodiversidade da CPRH, Janaina Teixeira; o gerente de unidade de controle e monitoramento florestal da CPRH, Maviael Torchia; e a analista de saneamento da Compesa, Vitória Lima.
Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer a sede do Núcleo e participar de apresentação, ministrada pelo professor Renato Garcia, sobre o desenvolvimento da metodologia, os desafios e principais resultados do programa. No dia seguinte (3), em Ibimirim (PE), foi possível demonstrar os métodos de semeadura direta para cobertura do solo e plantio de mudas em ilhas para acelerar a recuperação das áreas. São implantados pequenos núcleos de mudas para recompor a vegetação típica da Caatinga, conforme o grau de degradação do solo. Para o PRAD são utilizadas apenas espécies nativas do bioma Caatinga.
De acordo com a gerente de biodiversidade e florestas da SEMAS/PE, Patrícia Tavares, o NEMA possui uma metodologia inovadora na recuperação de áreas degradadas. "Ao conhecer o PRAD executado pelo NEMA no PISF temos agora um novo cenário, pois nós identificamos de fato uma metodologia efetiva de plantio com sucesso de Caatinga e para o Estado é importante que os empreendimentos se instalem, mas que o seu passivo seja sanado, o que vinha ocorrendo com alguma dificuldade", afirma.
"No momento de uma autorização de supressão para o licenciamento de um empreendimento poderá ser utilizada a metodologia executada pelo NEMA, que já funciona e que poderemos afirmar para o empreendedor que tem resultado. Isso vai ser muito importante para o nosso trabalho e também para a Caatinga, essa compensação efetiva da recuperação da vegetação", explica a diretora da CPRH/DRFB, Janaina Teixeira.
Para o coordenador do NEMA, professor Renato Garcia, essa visita demonstra o reconhecimento das ações de recuperação nas áreas degradadas no PISF. "É uma honra e um orgulho grande receber essa comitiva, porque mostra que o nosso PRAD está no caminho certo, chamando a atenção dos órgãos ambientais e abrindo portas para que esse trabalho possa ser replicado em outros empreendimentos em Pernambuco", ressalta.