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Espécie do mês: Aroeira

OUTUBRO

Myracrodruon urundeuva Allemão.

Família: Anacardiaceae.

Sinonímia: Astronium gardneri Mattick, Astronium urundeuva (Allemão) Engl. (Flora do Brasil 2020 em construção).

Nome popular: almecega, aroeira, aroeira-do-sertão, urundeuva (Flora do Brasil 2020 em construção).

Distribuição geográfica: Norte (Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) (Flora do Brasil 2020 em construção).

Origem: Nativa.

Endemismo: Não é endêmica do Brasil.

A aroeira floresce entre os meses de junho e outubro, conforme banco de dados fenológicos do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) (NEMA/UNIVASF), quando as flores são polinizadas por abelhas. A frutificação ocorre entre agosto e novembro (NEMA/UNIVASF).

Por ser indicada para a recuperação de solos degradados e compactos, a aroeira é utilizada no plantio de mudas de espécies arbustivo-arbóreas do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Plano Básico Ambiental 09), executado pelo NEMA nas áreas de influência do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Essa espécie costuma ser usada na arborização urbana, devido à sua beleza e seu modelo arquitetural. Também é usada na construção civil na forma de estacas, caibros, vigas, ripas e taco para assoalho já que a madeira da aroeira é resistente à compressão, ao atrito, à flexão e à ação de insetos, microorganismos, produtos químicos, umidade, fogo, erosão e intempéries climáticas. Ainda pode ser usada como lenha e carvão.

A aroeira tem propriedades fitoterápicas, que tornam a espécie amplamente conhecida e alvo de exploração. A presença de fenóis e taninos nas folhas, cascas e resinas qualificam essa espécie para uso medicinal como anti-inflamatórias, cicatrizantes, analgésicas, balsâmicas, antibacterianas, adstringentes e hemostáticas. Pode ser usada para tratamentos de inflamações de pele e das vias aéreas. Também auxilia o tratamento de enfermidades gastrointestinais e do sistema reprodutor.

Em função de suas inúmeras formas de uso trata-se de uma espécie muito explorada, levando a espécie a fazer parte da lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção (lista do IBAMA de 1992 e Instrução Normativa do MMA de 2008). Atualmente a espécie foi reclassificada pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), como "Pouco Preocupante" ou "Least Concern" (LC) em inglês, apresentando baixo risco de extinção.

REFERÊNCIAS

CNCFlora. Centro Nacional de Conservação da Flora. Myracrodruon urundeuva - Informações da avaliação de risco de extinção. Disponível em < http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Myracrodruon%20urundeuva >. Acesso em 20 Set. 2019.

Luz, C.L.S.; Mitchell, J.D.; Mitchell, J.D.; Mitchell, J.D.; Mitchell, J.D.; Mitchell, J.D.; Pirani, J.R.; Pell, S.K.; Pell, S.K.; Pell, S.K.; Pell, S.K.; Pell, S.K. Anacardiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4394>. Acesso em: 19 Set. 2019

PAREYN, F. G. C., ARAÚJO E. de L., DRUMMOND M. A., MIRANDA, M. J. de A. C., SOUZA, C. A., SILVA, A. P. de S., BRAZOLIN, S., MARQUES, K. K. M. Myracrodruon urundeuva: Aroeira. In CORADIN, L.; CAMILLO, J.; PAREYN, F. G. C. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. Cap. 5, p. 766-772 il. color. (Série Biodiversidade, 51).

Fotos: 1 (de capa), 2 e 3: Liliane Lima