NOVEMBRO

ESPÉCIE: Cenostigma pyramidale (Tul.) E. Gagnon & G.P. Lewis

SINÔNIMO:

Basiônimo: Caesalpinia pyramidalis Tul

Homotípico: Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P.Queiroz

NOMES POPULARES: catingueira, catinga-de porco

FAMÍLIA: Fabaceae

ORIGEM: Nativa

ENDEMISMO: Endêmica do Brasil

OCORRÊNCIA: Apresenta ocorrência confirmada para as regiões Norte (Amazonas) e Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe), nos Domínios fitogeográficos da Amazônia e Caatinga (Flora do Brasil 2020 em construção).

A catingueira é uma espécie arbustivo-arbórea que apresenta período de floração de janeiro a maio, novembro e dezembro. Já a frutificação ocorre entre maio e outubro conforme banco de dados fenológicos do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).

As folhas maduras da espécie são utilizadas como forrageira, fazendo parte da dieta de caprinos, ovinos e bovinos, principalmente no período de estiagem. Já quando jovens, apresentam odor desagradável, sendo desprezadas pelos animais. Para eliminar o odor pode ser realizada a coleta e fenação das folhas e ramos finos ao final do período de chuvas, dessa maneira a espécie ainda pode ser fonte de proteína palatável durante a seca.

A espécie também se destaca pelo seu uso madeireiro (usada na produção de lenha, carvão, moirões, estacas e fabricação de cabos para ferramentas) e medicinal (cascas, folhas e flores são utilizadas no tratamento de disenterias, diarreias e infecções respiratórias). Além disso, é uma espécie nectarífera, fornecendo néctar para abelhas nativas.

REFERÊNCIAS

Fabaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB606076>. Acesso em: 11 Nov. 2019.

PEREIRA-FILHO, J. M., BAKKE, O. A., SILVA, D. S. da, BAKKE, I. A., CARVALHO, F. C. de. 2018. Poincianella pyramidalis: Catingueira. In: CORADIN, L.; CAMILLO, J.; PAREYN, F. G. C. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, Cap. 5, p. 598-605 il. color.