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Espécie do mês: marizeiro

ESPÉCIE: Geoffroea spinosa Jacq.

FAMÍLIA: Fabaceae

FORMAS DE VIDA: Árvore

NOME POPULAR: marizeiro, umarizeiro, umari

ORIGEM: Nativa

ENDEMISMO: Não é endêmica do Brasil

OCORRÊNCIAS CONFIRMADAS: Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte) e Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul)

DOMÍNIOS FITOGEOGRÀFICOS: Caatinga, Cerrado

Conhecida popularmente como marizeiro, mari, umarizeiro e umari, a espécie Geoffroea spinosa é uma árvore nativa do Brasil, mas não é exclusiva (endêmica), pois ocorre em outros países como Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela. É adaptada a matas ciliares do semiárido e ecossistemas associados e ambientes inundáveis como lagoas e áreas depressionárias.

Ocorre nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, sendo facilmente identificada pelo seu porte arbóreo, caule estriado e presença de espinhos. A árvore pode atingir altura entre seis e 12m e apresenta copa alongada, folhas alternadas e madeira moderadamente pesada e resistente. As flores são amarelas-alaranjadas, cheirosas e em cachos axilares.

O nome "umari" ou "mari" tem origem na palavra "y-mori" da língua indígena, que significa "árvore que verte água", em referência à característica da planta em verter água pelos brotos, no início da estação pluvial, a ponto de molhar a terra.

Suas sementes são utilizadas na culinária nordestina, servindo de alimento. O fruto do marizeiro é comestível quando cozida ou em forma de mingau; já a amêndoa no interior do fruto é consumida em forma de farinha bastante nutritiva. Dos frutos, também se retira uma massa (mesocarpo) que pode ser utilizada como vermífuga. As folhas são utilizadas como forragem para bovinos e caprinos e como chá no tratamento de diarreia e tosse. Também foi confirmada atividade antimicrobiana do extrato etanólico dos seus galhos e folhas. Sua madeira pode ser usada na fabricação de móveis, lenha e carvão.

REFERÊNCIAS

FERNANDO, E.M.P. 2020. Geoffroea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18596>. Acesso em: 25 jan. 2022

LOPES, E. L. Estudo Fitoquímico de Geoffroea spinosa Jacq. (Leguminosae). 2008. 127 f. Dissertação (Mestrado)-Universidade Federal do Ceará, Pós-graduação em Química, Fortaleza, 2008. Disponível em < https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/14076> . Acesso em 25. Jan.2022.

SILVA, E. V. da. Farelos dos frutos de Geoffroea spinosa: composição química, caracterização térmica e físico-química e aplicação como aditivos de pães. 2013. 175 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Universidade Federal da Paraí­ba, João Pessoa, 2013. Disponível em < https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/7086>. Acesso em: 25. Jan. 2022.

SOUZA, V. C. de et al. CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE MARIZEIRO Geoffroea spinosa Jacq. UTILIZANDO DIFERENTES EMBALAGENS E AMBIENTES. Ciência Florestal [online]. 2011, v. 21, n. 1 [Acessado 25 Janeiro 2022] , pp. 93-102. Disponível em: <https://doi.org/10.5902/198050982751>. ISSN 1980-5098. https://doi.org/10.5902/198050982751.