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Espécie do mês: mororó

MARÇO

ESPÉCIE: Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud

SINONÍMIA: Bauhinia aromatica Ducke.

NOMES POPULARES: Mororó, pata-de-vaca, unha-de-vaca.

FAMÍLIA: Fabaceae

ORIGEM: Nativa.

ENDEMISMO: Não é endêmica do Brasil.

OCORRÊNCIAS CONFIRMADAS: Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo).

DOMÍNIO FITOGEOGRÁFICO: Caatinga, Cerrado.

TIPO DE VEGETAÇÃO: Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Floresta Estacional Decidual.

A espécie é uma árvore de pequeno porte, entre 5 e 8m de altura, com caule de casca fibrosa, copa pouco densa, flores brancas e frutos do tipo legume, que se abrem para liberar as sementes. Suas folhas possuem uma forma característica do rastro da pata dos bovinos, por isso, em algumas regiões são denominadas de patas-de-vaca ou unhas-de-vaca. No semiárido nordestino é chamada mais comumente de mororó (palavra de origem tupi).

Bauhinia cheilantha é uma leguminosa típica da Caatinga com uma grande importância socioeconômica. A espécie costuma ser usada como fonte de renda alternativa para as comunidades, que se beneficiam do seu grande potencial como forrageira. Por possuir alto teor de proteínas, as folhas são consumidas por bovinos, caprinos e ovinos, na forma de feno ou em pastejo direto. Sua madeira é utilizada em construções, cercas e como combustível.

Tem potencial etnofarmacológico para a produção de remédios caseiros. A espécie possui propriedades anti-inflamatórias, antidiabéticas, sedativas, antiparasitárias além de ser utilizada no tratamento de distúrbios digestivos, asma e tosse. Ainda tem atividades antioxidantes, antinociceptiva e hipoglicemiante.

Pode ser utilizada em programas de recuperação de áreas degradadas, auxiliando a recuperação dos solos, combatendo a erosão e enriquecendo o solo com nitrogênio.

REFERÊNCIAS

GUTIÉRREZ, I. E. M. de. 2010. MICROPROPAGAÇÃO DE Bauhinia cheilantha (BONG.) STEUD. (FABACEAE). Universidade Estadual de Feira de Santana. Disponível em: <http://www2.uefs.br/ppgbiotec/portugues/arquivos/corpo%20discente/mestrado/2008/ingrid_estefania_mancia_de_gutierrez-dissertacao.pdf>. Acesso em: 17 Mar. 2020.

MAIA, G.N. 2004. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. 1ª ed. São Paulo: D&Z computação gráfica e Editora.413 p.

Vaz, A.M.S.F. 2020. Bauhinia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82659>. Acesso em: 17 Mar. 2020