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Espécie do mês: Ipê-roxo

JULHO

ESPÉCIE: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

FAMÍLIA: Bignoniaceae

NOMES POPULARES: Ipê-roxo, pau-d'arco, pau-d´arco-roxo, pau d'arco rosa, ipê-roxo-de- -bola, ipê-una, ipê-preto, pau-cachorro, ipê-de-minas, ipê-roxo-do-grande, piúna, piúna-roxa (Lorenzi, 2008).

ORIGEM: Nativa

ENDEMISMO: Não é endêmica do Brasil

OCORRÊNCIAS CONFIRMADAS: Norte (Acre, Pará, Rondônia, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

DOMÍNIO FITOGEOGRÁFICO: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal

O nome popular pau-d'arco tem origem na sua utilização por tribos indígenas para a confecção de arcos de caça. H. impetiginosus possuí ampla distribuição no território brasileiro. Tem porte arbóreo, podendo chegar a 15m de altura, adapta-se bem em solos arenosos e úmidos e pode apresentar crescimento limitado em solos com baixos teores de nutrientes e pouca água.

Durante a estação seca, que varia dependendo da região, a árvore perde totalmente suas folhas e inicia o processo de floração. Suas flores são grandes, podendo chegar a 7 cm de comprimento, variam da coloração rosa a lilás e são organizadas em cachos nas extremidades dos ramos. Na época da floração a planta se destaca na vegetação bela beleza de sua copa e flores. Produz assim, um belo efeito paisagístico servindo para arborização urbana em praças, ruas e avenidas.

Sua polinização é feita por abelhas, dentre elas, as populares mamangavas. As sementes podem ser obtidas dos frutos ao iniciar a queda espontânea, coletando-os diretamente da árvore. Suas sementes podem ser armazenadas, apresentando uma viabilidade de cerca de três meses.

Sua madeira possui alta densidade e é resistente ao ataque de insetos, sendo indicada para usos na construção civil, na produção de artigos de esporte e brinquedos, cabos de ferramentas, peças torneadas e instrumentos musicais. Também apresenta uso na medicina popular. A casca e entrecasca do seu tronco têm propriedades adstringente, analgésica, antibacteriana, antifúngica, anti-inflamatória, sedativas entre outras.

A espécie é Indicada para reflorestamento e recomposição de áreas degradadas, sendo utilizada no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

REFERÊNCIAS

Handroanthus in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB114086>. Acesso em: 15 jul. 2020

Lorenzi, H. 2008. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Instituto Planntarum. Nova Odessa - SP. 1 (5): 384p.

Maia, G.Z. 2004. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. D&Z Computação gráfica e editora. São Paulo - SP. 1ª ed. 413p.

Miranda, M. J. de A. C.; Souza, C. A.; Silva, A. P. de S., Brazolin, S.; Marques, K. K. M. 2018. Handroanthus impetiginosus: Pau-d'arco. In: CORADIN, L.; CAMILLO, J.; PAREYN, F. G. C. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, Cap. 5, p. 719-724 il. color.