FAMÍLIA: Sapindaceae

FORMAS DE VIDA: Liana, volúvel, trepadeira

NOMES POPULARES: cipó-timbó, cipó-cururu, cipó-uva silvestre, mata-fome,

ORIGEM: Nativa

ENDEMISMO: Não é endêmica Brasil

OCORRÊNCIAS CONFIRMADAS: Norte (Acre, Amazonas, Amapá), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)

DOMÍNIOS FITOGEOGRÁFICOS: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal

A espécie é conhecida popularmente como "cipó-timbó", "cipó-uva", "cipó-cururu" "mata-fome" e "silvestre". É nativa do Brasil, sendo encontrada em todas as regiões e amplamente distribuída na região semiárida do Nordeste, mas não é endêmica (exclusiva). Ela não está inserida na lista de espécies ameaçadas de extinção. Pertence à família Sapindaceae e ao gênero Serjania que é conhecido popularmente como "Timbó" e por apresentar espécies que são importantes fontes de néctar.

É uma trepadeira lenhosa, que apresenta caule subcilíndrico, folhas biternatas, folíolos com margem denteado-serreadas e dentes arredondados. Suas flores estão agrupadas em inflorescência do tipo tirso, axial ou terminal, racemiforme; as pétalas são branco-amareladas, com tricomas glandulosos e odor adocicado; seus frutos são mericarpos, esverdeados, com alas que auxiliam a dispersão. A polinização é realizada por abelhas (melitofilia) e a dispersão é pelo vento (anemocórica).

A espécie é conhecida tradicionalmente por apicultores e meliponicultores e se destaca como importante fonte de néctar com potencial apícola na região do semiárido brasileiro, pois exerce atração sobre diversas espécies de abelhas, sendo importante na produção de mel. Estudos mostram que o mel produzido por Apis melífera, por exemplo, tem a espécie S. glabrata como matéria-prima, conferindo características únicas ao mel produzido no estado do Piauí.

Estudos que avaliam propriedades de espécies medicinais indicam que S. glabrata possui atividade antioxidante. No entanto, pode-se notar na literatura que ainda existem poucos estudos farmacológicos para o gênero Serjania e suas espécies. Análises etnobotânicas mencionam seu uso para febre e constipação. Outra característica associada a espécie é sua ação moluscicida, sendo utilizada no combate a caramujos transmissores de doenças, através da presença de extratos químicos retirados dos seus galhos e sementes. E ainda, alguns produtores têm associado a espécie à intoxicações de caprinos que consistem principalmente em letargia, sonolência e morte.

REFERÊNCIAS

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